sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Zona de Impacto #01

Selo Coreano
Olá amigos! É com grande alegria que estamos inaugurando mais uma seção em nosso blog, a Zona de Impacto, aqui você vai encontrar relatos e testemunhos de irmãos na fé. Histórias de perseverança e exemplo que servem de modelo e desafio para a nossa vida cristã.

Em nosso primeiro encontro vamos dar um pulo no continente asiático...

País: Coréia (Ainda era unificada)
Século 19

R. J. Thomas foi um missionário na China nos meados do século 19. Ele comoveu-se pela Coréia, mas esse país era um reino ermitão já nessa época. Não era permitida a entrada de nenhum estrangeiro. Então, em vez disso, ele foi para a China

e aguardou o momento certo. Em 1865, chegou a oportunidade pela qual ele havia esparado a vida toda. Um navio norte-americano, o SS General Sherman, ia subir o rio Taedong até a capital, Pyongyang, na esperança de convencer os coreanos a fazer negócios.

Thomas reservou uma cabina no navio, esperando conhecer alguns intelectuais em Pyongyang que falassem chinês, e levou tantas Bíblias quanto pode carregar a bordo.

A viagem foi malsucedida. Num porto, a caminho da capital, algumas pessoas da tripulação do SS General Sherman mataram três coreanos numa briga no bar. Quando se aproximaram de Pyongyang, os rumores haviam chegado a tal ponto que foi impossível evitar as consequências. A população de Pyongyang estava convencida de que os estrangeiros tinham ido buscar seus filhos para fazer sopa de seus olhos. Não havia nada a fazer, a não ser dar meia-volta e descer o rio.

O navio, porém, encalhou num banco de areia. Vendo-o abandonado, a defesa coreana amarrou vários barquinhos, ateou fogo neles e os deixou descer o rio para que cercassem o SS General Sherman, que acabou sendo incendiado. Todos a bordo do navio tiveram de pular no rio. Ao chegar à margem, eles sacaram suas espadas, mas foram todos mortos a pauladas pelos coreanos que os esperavam.

Thomas também chegou à margem. Antes, porém, que pudesse falar, um porrete com força assassina atirou violentamente sua cabeça na àgua. Mas seu assassino notou que ele não estava com uma espada, e, sim, com livros. Considerou que poderia ter matado um homem bom e pegou alguns livros encharcados.

Depois de secos, ele separou as folhas e viu que elas tinham um ótima qualidade de impressão. Ele não sabia ler, mas decidiu empapelar a parte externa de sua casa com as páginas, como era costume na época. Imagine sua surpresa ao voltar dos campos algumas semanas depois e encontrar um bando de intelectuais lendo avidamente suas paredes. Um daqueles intelectuais se converteu lendo um trecho do evangelho colado na parede. Um geração depois, seu sobrinho o ajudou na primeira tradução do Novo Testamento para o coreano.

Thomas não viveu para ver o fruto do seu trabalho. De fato, no momento em que o porrete desceu sobre sua testa, ele bem pode ter pensado que a viagem fora um trágico erro. No entanto, sua vida não foi em vão. O sentido da vida não consiste no que fazemos com ela, mas no que Deus faz dela.

História extraída do livro "A fé que persevera: guia essencial sobre a perseguição à igreja" de Ronald Boyd-MacMillan

Espero que tenham gostado da nova seção, que possamos aprender com a vida de nossos irmãos, e que um dia nossas vidas também possam ser exemplos a ser seguidos, não para nossa glória, mas para a glória do nosso maravilhoso Pai.

Até a próxima,

Débora

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