quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Por amor de mim..

Pessoas! Aqui estou, mais uma vez, para fazermos uma pequena meditação na palavra de Deus...
E quantas vezes não nos pegamos dizendo: "Faça isso! Por mim, vai". Ou mesmo: "Não faça isso! Por favor, por mim."
Por mim, por amor de mim, expressões comuns, em alguns casos somos atendidos, em outros não e assim segue...
Há um caso muito conhecido na Bíblia, que retrata de forma um pouco diferenciada essa situação:

"E disse Davi: Há ainda alguém que ficasse da casa de Saul, para que lhe faça bem por amor a Jônatas?" (2 Samuel 9.1)

O que desejo explicitar é que diferentemente do que acontece nos primeiros casos, em que há uma petição por parte da pessoa (por mim), Davi faria bem àqueles a quem nem conhecia simplesmente por quem Jônatas havia sido. 
É certo que Davi e Jônatas haviam feito uma aliança, como está escrito em 1 Samuel 20. 42: "E disse Jônatas a Davi: Vai-te em paz, porque nós temos jurado ambos em nome do SENHOR, dizendo: O SENHOR seja perpetuamente entre a minha semente e a tua semente.", mas não foi por um pedido, não foi por uma aliança, e sim por amor a Jônatas.
Por amor... Por amor àquele que foi seu grande amigo, por amor à tudo quanto eles haviam passado juntos, à sua cumplicidade, ao seu companheirismo, às suas ações para com Davi.
Diante disso nos cabe refletir, que decisões pessoas tomariam, que atitudes teriam, que escolhas fariam, simplesmente por amor a mim? O que tenho feito, o que tenho sido para me tornar amável, para deixar um legado?
Que eu não tenha de pedir "Por mim" mas que a minha vida seja exemplo e influência para que muitos escolham e façam certo "Por amor de mim".

Tradução de um trecho da música Legacy de Nichole Nordeman:

Quero deixar um legado
Como lembrarão de mim?
Eu escolhi amar?
Eu apontei a Ti o suficiente
Para deixar uma marca nas coisas?
Quero deixar uma oferenda
Uma criança de misericórdia e graça
Que abençoou Seu nome sem vergonha
E deixa aquele tipo de legado

E abaixo o vídeo da música:


Até a próxima =)

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

PLANTE UMA SEMENTE!


Esse blog não pode ficar abandonado, apesar de não ser constante e ser muito falho, creio que é um instrumento que Deus tem usado. Se não para edificar quem o lê, então para minha própria edificação, pois me motiva a estudar mais profundamente a palavra de Deus. Manifesto aqui meu desejo de que as postagens sejam mais constantes e também que possam surgir colaboradores que me ajudem na tarefa de mantê-lo atualizado e interessante.
Entretanto, nada disso tem haver com nosso título "Plante Uma Semente", dessa forma, quero que façamos uma viagem até o Evangelho de João, capítulo 1, versículos de 35 à 51. É exatamente nessa passagem que encontramos os primeiros discípulos seguidores de Cristo, mas o que quero focar no momento é a forma como eles foram um a um seguindo a Jesus e começaram a fazer parte do ministério de nosso Senhor. Podemos dividir em quatro maneiras diferentes nas quais eles foram "instigados" a seguir a Jesus:
1 - (Versículos 35-37) - Por intermédio de um grande conhecedor da palavra e anunciador do Messias, João Batista. E neste caso, supõe-se que os dois discípulos de João Batista , que seguiram Jesus, também possuiam um bom conhecimento da palavra. (Pessoas que já tem conhecimento da palavra, mas ainda não tiveram um encontro real com Cristo, filhos de crentes não convertidos, igrejados...)
2 - (Versículos 40-42) - Por intermédio de um novo seguidor de Jesus, André, que apenas sabendo onde Jesus repousava, e tendo ficado com ele por apenas um pouco de tempo levou o próprio irmão, Simão, até Cristo. (Pessoas que tem algum conhecimento da palavra, mas que precisam de um testemunho de alguém como eles mesmos)
3 - (Versículo 43) - Por intermédio do próprio Jesus. (Pessoas que não tem a oportunidade de ouvir mais profundamente de alguém, mas Jesus age diretamente através de alguma circunstância, folheto, a própria Bíblia...)
4 - (Versículos 45-50) - Por intermédio da dúvida e da manifestação do poder de Deus. (Pessoas que mesmo tendo conhecimento da palavra tem dúvida no seu coração e necessitam de algo mais concreto para crer)
São quatro situações bem diferentes, mas que tem algo em comum. Parece óbvio e talvez o seja, mas todos os que seguiram a Cristo, independente se era muito ou pouco, tinham algum conhecimento dele. 1 - Discípulos de João, se eram discípulos de João certamente tinham um bom conhecimento do Messias que havia de vir. 2 - André disse: "Achamos o Messias.", para afirmar tal coisa era necessário que soubesse que o Cristo viria. 3 - "Filipe achou a Natanael e disse-lhe: Havemos achado aquele de quem Moisés escreveu na Lei e de quem escreveram os profetas..." 4 - "Natanael respondeu e disse-lhe: Rabi, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel."
É claro que para seguir algo é necessário que se tenha uma mínima ideia de que seja, mas o que quero chamar a atenção é que uma semente foi plantada no coração de cada um que decidiu seguir a Cristo antes que eles o fizessem. Se eles sabiam um mínimo é porque de alguma forma esse conhecimento chegou até eles, seja através de um grande homem e bom conhecedor da palavra, seja através de um novo na fé que compreendeu a graça e a quis compartilhar, seja através de um simples folheto, de um versículo, ou mesmo de uma manifestação mais concreta do poder de Deus.
Sabemos que falar de Cristo é nosso dever, mas esse texto nos reforça ainda mais isso. Há muitas maneiras de se levar alguém até Cristo, mas uma semente PRECISA ser plantada. De alguma forma Cristo deve ser conhecido de cada pessoa, só onde há uma semente pode crescer uma árvore.
PLANTE UMA SEMENTE!
Deus abençoe,
Até a próxima postagem =)

sábado, 5 de março de 2011

Meu ideal seria escrever...

Faz tempo que não escrevo e mais uma vez não vou fazê-lo, não tenho tido ânimo para colocar as ideias no papel. Só tenho lido, lido, lido, mas escrever que é bom... E o blog ficou um pouco abondonado, sem uma internet decente em casa e minha interrupção momentanea (assim espero) de criatividade ficou mais difícil. Por isso, estou pedindo por favor por voluntários que colaborem com a constante atualização do blog. Podem entrar em contato pelo e-mail escudeiro@irmaos.com
Mas vamos ao que realmente interessa, a postagem de hoje. Minha mãe tem um caderno bem antigo, de quando ela era moça, com poemas, poesias, crônicas e outros, eu sempre gosto de lê-lo, parece que nunca se esgota, e eis aqui um dos escritos que li e resolvi postar =)

MEU IDEAL SERIA ESCREVER...

Meu ideal seria escrever uma história tão engraçada que aquela moça que está doente naquela casa cinzenta quando lesse minha história no jornal risse, risse tanto que chegasse a chorar e dissesse -- "ai meu Deus, que história mais engraçada!". E então a contasse para a cozinheira e telefonasse para duas ou três amigas para contar a história; e todos a quem ela contasse rissem muito e ficassem alegremente espantados de vê-la tão alegre. Ah, que minha história fosse como um raio de sol, irresistivelmente louro, quente, vivo, em sua vida de moça reclusa, enlutada, doente. Que ela mesma ficasse admirada ouvindo o próprio riso, e depois repetisse para si própria -- "mas essa história é mesmo muito engraçada!".
Que um casal que estivesse em casa mal-humorado, o marido bastante aborrecido com a mulher, a mulher bastante irritada com o marido, que esse casal também fosse atingido pela minha história. O marido a leria e começaria a rir, o que aumentaria a irritação da mulher. Mas depois que esta, apesar de sua má vontade, tomasse conhecimento da história, ela também risse muito, e ficassem os dois rindo sem poder olhar um para o outro sem rir mais; e que um, ouvindo aquele riso do outro, se lembrasse do alegre tempo de namoro, e reencontrassem os dois a alegria perdida de estarem juntos.
Que nas cadeias, nos hospitais, em todas as salas de espera a minha história chegasse -- e tão fascinante de graça, tão irresistível, tão colorida e tão pura que todos limpassem seu coração com lágrimas de alegria; que o comissário do distrito, depois de ler minha história, mandasse soltar aqueles bêbados e também aqueles pobres mulheres colhidas na calçada e lhes dissesse -- "por favor, se comportem, que diabo! Eu não gosto de prender ninguém!" . E que assim todos tratassem melhor seus empregados, seus dependentes e seus semelhantes em alegre e espontânea homenagem à minha história.
E que ela aos poucos se espalhasse pelo mundo e fosse contada de mil maneiras, e fosse atribuída a um persa, na Nigéria, a um australiano, em Dublin, a um japonês, em Chicago -- mas que em todas as línguas ela guardasse a sua frescura, a sua pureza, o seu encanto surpreendente; e que no fundo de uma aldeia da China, um chinês muito pobre, muito sábio e muito velho dissesse: "Nunca ouvi uma história assim tão engraçada e tão boa em toda a minha vida; valeu a pena ter vivido até hoje para ouvi-la; essa história não pode ter sido inventada por nenhum homem, foi com certeza algum anjo tagarela que a contou aos ouvidos de um santo que dormia, e que ele pensou que já estivesse morto; sim, deve ser uma história do céu que se filtrou por acaso até nosso conhecimento; é divina".
E quando todos me perguntassem -- "mas de onde é que você tirou essa história?" -- eu responderia que ela não é minha, que eu a ouvi por acaso na rua, de um desconhecido que a contava a outro desconhecido, e que por sinal começara a contar assim: "Ontem ouvi um sujeito contar uma história...".
E eu esconderia completamente a humilde verdade: que eu inventei toda a minha história em um só segundo, quando pensei na tristeza daquela moça que está doente, que sempre está doente e sempre está de luto e sozinha naquela pequena casa cinzenta de meu bairro.

Rubem Braga
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